Com duas ditaduras a menos, o mundo árabe começa a mudar de feição. Até que ponto?
Por Antonio Luiz M. C. Costa – da revista Carta Capital (edição 634)
Com Hosni Mubarak, o Egito tinha uma ditadura de fato sob as aparências de um Estado de Direito, com presidente eleito (em eleições fraudadas), Parlamento (monopolizado pelo governista Partido Nacional Democrático) e Constituição (ditada por Anuar Saddat e Mubarak). Agora, tem uma democracia em gestação sob as aparências de uma ditadura militar que, pressionada pelo povo nas ruas, expulsou o presidente, dissolveu o Parlamento e suspendeu a Constituição. Ou seria essa uma descrição excessivamente otimista dos fatos? Read More