Por Marcelo Salles e Demian Alves Ribeiro
Não satisfeitos com a massificação do ensino universitário, as elites governantes de São Paulo resolvem retornar as suas origens ao implementar medidas mais restritivas para o acesso à Universidade de São Paulo . A divisão de classe precisa ser resgatada e se for preciso usar da força militar, que seja. As elites querem o lucro do mercado associado à pesquisa. Se a pesquisa for em benefício do povo mas não der retorno, ou seja, lucro, não deve e não pode ser feita. Aos trabalhadores, aos que vivem no andar de baixo e são maioria: EaD para formação de professores e mão de obra barata. Extensão para estes nem se fala. Enquanto isso os cursinhos sorriem abraçados com a industrial editorial de apostilas. Agora a notícia marcante é a da redução dos candidatos aprovados para a segunda fase, de três para dois, o que só exclui antecipadamente uma grande parcela de estudantes a pleitear uma vaga na lista de espera. Os poucos senhores que agora decidem fechar mais ainda a USP deveriam se envergonhar, mas nem rubros ficam. Embora financiada majoritariamente pelos que não estão na USP, esta Universidade vai ficando cada vez menos extensa e mais fechada, e assim a universidade pública universal vai se transformando em particular, privada.
UOL: USP muda regras da Fuvest e vestibular 2012 fica mais difícil :