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Arquivo mensal: abril 2011

Muitos professores e alunos se revoltam contra a revolta das funcionárias da limpeza que despontou em algumas das unidades da USP, após a empresa dar um calote horroroso em seus parcos salários. Nenhum destes quer saber se estes funcionários e funcionárias vão receber.

A reitoria quer empurrar a responsabilidade para a empresa. Esta empurrou para a faculdade e ninguém quer assumir quem vai pagar. Não querem aumento de salário, o que seria justo pois recebem pelo piso nacional e não estadual para prestação de serviço terceirizado, mas querem apenas receber o que trabalharam e não foi pago. Read More

 
Extra ! Extra !
Parem as prensas, pare a imprensa !
Confiram mais um furo do nosso bolog.

Eis que sabendo da questão de nossos funcionários da limpeza que
protagonizam a dita revolta das vassouras, nada menos que Carlos
Drummond de Andrade, diretamente de uma mesa espírita manda texto
em apoio à greve dos faxineiros da USP.

Vejam vocês o brilho e a clareza do mestre :

CONVERSA COM O FAXINEIRO

Amigo faxineiro, mais paciência.
Você não pode fazer greve.
Não lhe falaram isto, pela voz
do seu prudente sindicato?
Que você é terceirizado e
não sabe que sua pá de lixo
é essencial a pesquisa científica nacional?

A lei o diz (decreto-lei que
nem sei se pode assim chamar-se,
em todo caso papel forte,
papel assustador). Tome cuidado,
faxineiro camarada, e pegue a pá,
me remova depressa este monturo
que ofende a minha vista e o meu olfato.

Você já pensou que descalabro,
que injustiça ao nosso status butantãnico, paulistânico,
pinheirense,
madalênico,
se as calçadas da reitoria, da FEA e outras conspícuas
vias de alto coturno continuarem
repletas de pacotes, latões e sacos plásticos
(estes, embora azuis), anunciando
uma outra e feia festa: a da decomposição
mor das coisas do nosso tempo,
orgulhoso de técnica e de cleaning?
.
Ah, que feio, meu querido,
essa irmanar de ruas, avenidas,
laboratórios, faculdades, praças e betesgas e tatatá
da nossa USP tão precisa
e tão compartimentada socialmente,
na mesma chave do perfume intenso do Pinheiros
que Lanvin jamais assinaria!

Veja você, meu caro irrefletido:
a Rua Cata-Piolho, em Deus-me-livre,
equiparada à Rua da Reitoria
(ou esta àquela)
por idêntico cheiro e as mesmas moscas
sartrianamente varejando,
os restos tão diversos uns dos outros,
como se até nos restos não houvesse
a diferença que vai do lixo ao luxo!

Há lixo e lixo, meu faxineiro.
O lixo comercial é bem distinto
do lixo acadêmico, e este, complexo,
oferece os mais vários atrativos
a quem sequer tem lixo a jogar fora.
Ouço falar que tudo se resume
em você ganhar um pouco mais
de mínimos salários.
Ora essa, rapaz: já não lhe basta
ser o confiscável serviçal
a que a USP confere a alta missão
de sumir com seus podres, contribuindo
para que nossa imagem se redobre
de graças mil sob este céu de anil?

Vamos, aperte mais o cinto,
se o tiver (barbante mesmo serve)
e pense na universidade, nos seus mitos
que cumpre manter asseados e luzidos.

Não me faça mais greve, irmão-faxineiro.
Eu sei que há pouco pão e muita pá,
e nem sempre ou jamais se encontram dólares,
jóias, letras de câmbio e outros milagres
neste pântano do butantã.

E daí? Você tem a ginga, o molejo necessários
para tirar de letra um samba caprichado
naqueles comerciais de televisão,
e ganhar com isto o seu cachê
fazendo frente ao torniquete
da inflação.

Pelo que, prezadíssimo faxineiro,
estamos conversados e entendidos:
você já sabe que é essencial
à pesquisa nacional
e, por que não, à educação multinacional.
 

Ana Okada – UOL Educação

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira (6), por 8 votos a 1, a validade da Lei do Piso Nacional do Magistério. Após adiar por duas vezes o julgamento do mérito da matéria, o Supremo rejeitou a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4167. A ação alegava que a lei era inconstitucional, e havia sido impetrada por cinco Estados. Read More

por Alex Cosec (colaborador deste blog)

Este artigo é uma simples divagação. Foi pensado pela primeira vez numa caminhada pela praça do relógio da USP e repensado para o coletivo uspiano “Em defesa da Educação”.

As universidades públicas são o lócus privilegiado do debate de idéias, da produção de ciência pura e aplicada até mesmo do ócio (tempo espiritualmente livre em contraposição ao negócio). Mas elas não ficaram imunes à emergência do capital oligopolista internacionalizado e desviaram-se de suas funções precípuas.

No caso da USP, a interface com o capital privado e com grupos políticos externos gerou uma gama de intelectuais só parcialmente comprometidos com suas finalidades: o ensino de qualidade e a pesquisa de ponta. A massificação sem recursos adicionais contribuiu também para que tivéssemos duas categorias de ensino de graduação e de pós-graduação. Read More

IHUUsininos On-Line

No artigo ”O STF mais parece uma casa de horrores”,  Vladimir Safatle faz profundas críticas sobre o funcionamento do Supremo Tribunal Federal. Na entrevista que concedeu à IHU On-Line, realizada por telefone, ele aponta que “há um conjunto de decisões que o STF tomou nestes últimos anos que são absolutamente contrárias ao que nós podemos esperar de um tribunal realmente comprometido com a democracia e a universalização dos direitos”. E cita exemplos: “a maneira como que certos banqueiros, conhecidamente corruptores, utilizaram-se do STF para conseguir ou escapar do país ou sair da prisão também é algo que nos deixa bastante dubitativos sobre o que este órgão compreende por universalização de obrigações”. Read More

“Estou em liberdade, mas não sei o que está por trás das inimizades fabricadas durante o processo”, afirmou

Suzana Vier, Rede Brasil Atual

São Paulo – Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, foi absolvido em júri popular no final da tarde desta terça-feira (5), segundo dia de julgamento, no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista. A decisão foi anunciada depois de o promotor Roberto Tardelli, responsável pela acusação, ter defendido a inocência do líder do movimento de moradia, classificando como “temerária” sua condenação. Read More

Reunião que votará por mudanças no oferecimento de vagas será aberta a todos os alunos e professores

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo

A reunião da Comissão de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each/USP Leste) que decide sobre o remanejamento de vagas será aberta à comunidade universitária. Os eventos deliberativos tanto desta quanto de outras unidades e da reitoria da USP costumam ocorrer a portas fechadas, mas com a pressão popular após a divulgação do relatório que pede o fechamento de 330 das 1.020 vagas oferecidas atualmente, a direção cedeu e abriu a votação que ocorre nesta quinta-feira. Read More

por Vladimir Safatle, Folha de São Paulo

Um dos setores mais problemáticos das avaliações acadêmicas são os rankings mundiais de universidades. Mesmo com critérios que muitas vezes beiram o absurdo, eles influenciam decisões importantes ligadas à educação superior. Por isso, uma discussão sobre como tais rankings são feitos é mais que urgente. Read More

Após protestos, diretor diz a comissão de deputados que não haverá redução de vagas, mas professores e alunos temem remanejamento

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo

Nenhuma vaga a menos na Escola de Artes, Ciências de Humanidades da Universidade de São Paulo (USP Leste) e a manutenção do curso de obstetrícia. A promessa foi feita pelo diretor da unidade, Jorge Boueri, a deputados que visitaram o campus nesta segunda-feira para questionar o relatório que sugere o fechamento de 330 das 1.020 vagas. Alunos e professores tentam agora evitar que o número esconda um remanejamento de lugares nos cursos de baixa demanda para novas carreiras. Read More

Há apenas 1 ano no poder, nova gestão frustra funcionários, alunos e professores

Mariana Mandelli – O Estado de S.Paulo

Mais de um ano após ganhar uma nova gestão, a Universidade de São Paulo (USP) passa por um momento de conflitos internos. Algumas medidas polêmicas adotadas pela reitoria estão gerando o questionamento de alunos, professores e funcionários, que se dizem insatisfeitos com a instituição. Read More

Mudanças no programa de inclusão dão a falsa impressão de que alunos receberão empurrão para se empenharem no ensino médio

Por Mateus Prado – iG Educação

Na capa dos jornais, nos links dos sites, nas chamadas das rádios e nas manchetes da TV, a notícia realmente parece muito boa. Fora raras exceções, os títulos da imprensa dão a impressão de que a USP passará a ser inclusiva e que seu programa para alunos oriundos de escolas públicas vai oferecer, fartamente, um super empurrão para alunos carentes que se empenharem em seus estudos no ensino médio. Read More

Amanda Cieglinski – Da Agência Brasil

A filosofia vai voltar, na prática, para o conteúdo curricular dos alunos de ensino médio, depois de 47 anos fora dos currículos das escolas de educação básica no país. No ano que vem, as escolas da rede pública receberão pela primeira vez, desde a ditadura, livros didáticos da disciplina para orientar o trabalho dos professores. Foi o regime militar que baniu a filosofia das escolas. Read More

Em sua coluna de 27/03/2011, a ombusdman da Folha de S.Paulo, Susana Singer, decompõe com clareza os equívocos desse jornal e da Universidade de São Paulo (USP) no cálculo da taxa de desistência entre os aprovados no vestibular da Fuvest deste ano. Seu questionamento sobre o gesto da USP de se permitir divulgar dados incorretos, e do jornal de escamotear os erros de sua cobertura do assunto choca-se, no entanto, com as observações finais da colunista. Susana Singer atribui a animosidade entre o periódico e a USP (considerada genericamente como um todo indiviso), à publicação, em 1988, de uma lista nominal de docentes supostamente “improdutivos”. Read More

[Este pequeno texto é, de uma certa forma, motivado por matéria da Ombudsman do jornal da família Frias. Clique aqui para lê-la.]

Antes a Universidade escondia suas mazelas para manter o apoio da população de São Paulo contra os ataques que ela sofria reiteradamente dos governos paulistas que sempre colocaram as condições mínimas de funcionamento da USP em risco. Esse apoio lidava, principalmente, com um amor condicional em relação à USP pelo fato de ser a maior universidade do pais, a melhor e estar à frente de todos as outras. Ou seja, lidava com o bairrismo do paulista que se importaria menos com o papel da USP para a formação de professores e pesquisadores para o Brasil e mais numa rixa de São Paulo contra o resto do país, mantendo o orgulho de ser a melhor. E, com isso, conseguia-se, em situações de conflito, dividir o apoio das elites paulistas para somar àqueles que são beneficiados pela universidade diretamente, como professores aqui formados, pesquisadores etc. Read More

Por Suzana Singer (Matéria publicana na Folha de S.Paulo, em 27/03/2011)

“Recebe-se com estranheza a notícia.” Começava assim o editorial “Alerta na USP”, publicado em 16 de março, que comentava a manchete da Folha de seis dias antes: um quarto dos estudantes aprovados na USP não se matricula. Read More

por Ocimara Balmant, no Jornal da Tarde (via Vi o Mundo)

A bonificação paga ontem pela Secretaria Estadual da Educação aos professores da rede pública – determinada pelo desempenho dos alunos – caiu pela metade em relação ao ano passado. O valor pago a 190 mil funcionários, de 3.778 escolas – 75% das 5.019 unidades estaduais – foi de R$ 340 milhões. Em 2010, foram concedidos R$ 655 milhões. Read More